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Saúde

Cientistas confirmam: o açúcar “desperta” o câncer

Os malefícios do açúcar (especialmente o branco) para o nosso organismo são muitos: aumento do risco de ter problemas como diabetes, obesidade, colesterol alto, gastrite e prisão de ventre.

Mas isso não é novidade para ninguém.

O que nem todos ainda têm certeza é se realmente existe a ligação entre a ingestão excessiva de açúcar e o crescimento de células cancerosas.

Mas há uma novidade: cientistas descobriram fortes evidências da correlação entre açúcar e câncer.

O que os pesquisadores conseguiram foi elucidar o efeito Warburg, um fenômeno no qual as células cancerosas destroem rapidamente os açúcares, o que estimula o crescimento do tumor.

O efeito Warburg foi descoberto 80 anos atrás pelo cientista prêmio Nobel  Otto Warburg.

Funciona assim: as células do corpo humano precisam de energia e isso elas conseguem por meio dos açúcares presentes nos alimentos que consumimos.

O problema é que as células cancerosas também precisam de açúcares para crescerem.

O que as distingue das células saudáveis é o fato de que a sua ingestão de glicose é muito maior do que a das células não degeneradas, assim como a taxa de fermentação da glicose em ácido lático.

O efeito Warburg está diretamente ligado ao rápido crescimento do câncer, apesar de ainda não ter sido provado se ele seria  um sintoma ou a causa do início desta doença.

A descoberta, descrita na revista Nature Communications, fornece evidências de uma correlação entre açúcar e câncer, que, segundo os pesquisadores, pode ter implicações para dietas feitas sob medida para pacientes com câncer.

Pesquisadores da Universidade de Leuven investigaram o assunto durante nove anos, identificando o mecanismo pelo qual as células cancerosas metabolizam o açúcar.

Como uma das características mais proeminentes das células cancerosas, esse fenômeno tem sido extensivamente estudado e até usado para detectar tumores cerebrais, entre outras aplicações.

Pesquisas anteriores sobre o metabolismo de células cancerosas focaram no mapeamento de características metabólicas, mas este estudo esclarece a ligação entre o desvio metabólico e a potência oncogênica em células doentes (com câncer).

Johan Thevelein, principal autor do estudo, disse: “Nossa pesquisa revela como o consumo hiperativo de açúcar de células cancerosas leva a um ciclo vicioso de estimulação contínua do desenvolvimento e crescimento do câncer.

Assim, explicamos a correlação entre a força do efeito de Warburg e a agressividade do tumor. Este elo entre o açúcar e o câncer tem consequências radicais. Nossos resultados fornecem uma base para pesquisas futuras neste domínio, que agora podem ser realizadas com um foco muito mais preciso e relevante.”

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 Para chegar aos resultados do estudo, foram utilizadas células de levedura que possuem um gene “Ras” que “programa” a síntese de proteínas homônimas comumente encontradas também em células tumorais.

Verificou-se assim que, nas células de levedura com alta entrada de glicose, as proteínas Ras se ativam demais e consequentemente as células crescem a um ritmo acelerado.

Em essência, o que acontece com o câncer se houver uma grande presença de açúcar é que, dessa forma, ele pode se tornar mais agressivo e difícil de tratar.

Thevelein disse: “Nós observamos em levedura que a degradação do açúcar está ligada através da intermediária frutose 1,6-biofosfato à ativação das proteínas Ras, que estimulam a multiplicação de leveduras e células cancerosas. É impressionante que esse mecanismo tenha sido conservado durante a longa evolução da célula de levedura para o humano.”

Apesar de positivos, os resultados do estudo não são suficientes para identificar a causa primária do efeito Warburg.

Mais pesquisas são necessárias para descobrir se esta causa primária também é conservada em células de levedura.

O desafio agora é descobrir como eliminar as células cancerígenas, sem levar junto as células saudáveis do paciente.

E fazer com que os oncologistas já comecem a pensar na retirada do açúcar da dieta de seus pacientes.

Este blog de notícias sobre tratamentos naturais não substitui um especialista. Consulte sempre seu médico.

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