Na região de Mogi das Cruzes, em São Paulo, a morte de uma criança de apenas 7 anos de idade foi registrada. A vítima foi identificada pelo nome de Lucas Henrique de Lima Franco Leão. O pai adotivo do menino confessou o crime e contou que tirou a vida da criança por ela estar com vontade de comer.
De acordo com a confissão do homem, ele teria agredido Lucas devido ao menino ter entrado na cozinha e ter tentado pegar algo para comer. Após ter realizado diversas agressões na criança, o pai foi até uma unidade de saúde, alegando que o menino teria caído da escada.
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A equipe médica encontrou lesões antigas no corpo de Lucas e resolveu acionar as autoridades. O menino chegou a ser internado, mas morreu nesta sexta-feira, dia 23 de junho. Marcelo é ex-tutor do Conselho Tutelar. Além disso, ele e sua mulher são donos de uma empresa de recreação infantil.
A esposa dele também foi presa, pois estava no local quando ocorreu as agressões e não fez nada para impedir, agindo com negligência.
Para as autoridades, ele confessou que espancou o menino, atingindo os seus braços, ombros, costas, cabeça, barriga e suas pernas. Infelizmente, a criança não conseguiu resistir.
De acordo com informações divulgadas, o casal teria ainda mais três filhos e as crianças passariam fome em casa. Em abril deste ano, Lucas chegou a ser agredido por ter pedido ovos de pascoa.
O sociólogo Paulo César Oliveira, coordenador geral de fortalecimento de conselhos da Secretaria Nacional da Criança e do Adolescente, do Ministério dos Direitos Humanos, afirma que não é comum os conselhos tutelares pedirem a prisão de pais em casos como esse. O Brasil tem cerca de 6 mil conselhos, com 30 mil conselheiros tutelares.
“O conselho é zelador do cumprimento do direito. Se identificar que isso aconteceu com frequência, que a criança é exposta a materias nocivos, o conselho pode tomar as medidas para proteger a criança. Mas comumente o conselho não tem linha de atuação de pedir a prisão do pai”, afirma.
Apesar de o caso do Pará ter sido esclarecido, Oliveira chama a atenção para o fato de o país ainda ter 3,5 milhões de pessoas entre 5 e 17 anos forçadas a fazer trabalho infantil.
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