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Saúde

DORES NO CORPO? PODE SER SÍNDROME DA FIBROMIALGIA! confira

O que é Fibromialgia?

Fibromialgia é uma síndrome comum em que a pessoa sente dores por todo o corpo durante longos períodos, com sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles.

A fibromialgia está diretamente ligada também à fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade.

Entre as pessoas que apresentam esse quadro de saúde, de cada dez pacientes sete a nove são mulheres, em geral na faixa de 30 a 50 anos. Homens e crianças também visitam o consultório por esse motivo, mas em minoria.
São dores horríveis que limitam os meus movimentos e me impedem de exercer tarefas simples, como varrer a casa. Dói até quando segura um copo de água. Além disso, a síndrome afeta meu sono e só durmo com a ajuda de medicamentos”, conta.
Por isso, fique atenta ao que diz nosso especialista:
Alguns locais do corpo em que as dores provocadas pela fibromialgia mais aparecem
O que é?
A causa da fibromialgia ainda é desconhecida, mas a principal teoria está ligada a um distúrbio neuroquímico cerebral que provoca desconforto em diferentes locais do corpo, principalmente na musculatura. Na prática, quem sofre dessa síndrome é mais suscetível à dor e, em contrapartida, o seu organismo não tem a capacidade de controlá-la como uma pessoa sem esse diagnóstico.
“Por isso, sentir o incômodo somente ao pressionar as regiões é uma particularidade da Lucia Maria. Muitos pacientes têm crises em locais difusos – com dores migratórias – e de diferentes intensidades entre os pontos. Elas são associadas à fadiga, à sonolência durante o dia e à insônia, a alterações do hábito intestinal, a incômodos para urinar e a outros males, como desconfortos na região da cabeça, a sensação de edema nas mãos, além do ato de ranger os dentes”, explica o médico Daniel Brito de Araújo, reumatologista do Complexo Hospitalar Professor Edmundo Vasconcelos.

Como identificar?

Apesar de todos esses e outros sinais do organismo, a avaliação precisa só é feita por um reumatologista. Para isso, ele realiza um exame clínico que tem o objetivo de excluir enfermidades de sintomas similares, como o hipotireoidismo, a artrite, o diabetes, quadros de ansiedade e depressão. No caso dos idosos, também é necessário descartar as suspeitas de polimialgia reumática, que provoca incômodo nos ombros e quadris.
Em complemento, uma análise do histórico clínico indica a relação com outras patologias e fatores que influenciam no aparecimento da fibromialgia, como doenças reumáticas, a falta de práticas esportivas, eventuais predisposições genéticas e, novamente, a ansiedade.
Por tamanha complexidade de fatores e combinações, não há um exame que identifique precisamente a patologia. Atualmente, um método chamado termografia é apontado por alguns profissionais como uma alternativa para o diagnóstico. “Porém, não existem comprovações científicas de sua eficácia, além de a SBR não indicar o procedimento”, afirma Daniel.

Tratamento multimodal

Esse é o nome dado pelos médicos ao conjunto de cuidados indicado, que combina três principais frentes. A primeira delas é o uso de medicamentos específicos. “Como a doença configura um distúrbio neuroquímico cerebral, podem ser receitados antidepressivos, anticonvulsivantes e ansiolíticos (diminuidores de ansiedade). A prescrição é dada a alguns pacientes juntamente com relaxantes musculares e, no caso dos que têm problemas para dormir, com indutores de sono”, diz o reumatologista.
Além dos remédios, o médico explica que técnicas homeopáticas podem fazer com que o paciente sinta-se melhor – ainda que não existam estudos que comprovem a sua eficácia em casos dessa natureza. No caso de Lucia Maria, o alívio foi evidente e fundamental no seu tratamento. “Durante algum tempo, fiz hidromassagem e acupuntura, que me ajudaram bastante. Em contrapartida, o pilates e o shiatsu acentuaram as dores e acabei parando”, conclui.
A terceira frente é a prática de exercícios físicos leves e regulares, como caminhadas e alongamentos, além de psicoterapia nos casos de alteração emocional ou de quadros depressivos. Uma rotina mais regrada também ajuda: estabeleça, por exemplo, horários fixos para acordar e dormir.
Isso é importante para diminuir a sensação de fadiga, um dos sintomas citados pelo reumatologista Daniel, e, consequentemente, reduzir os incômodos provocados pela fibromialgia – o que, na prática, significa recuperar a qualidade de vida no dia a dia.

Diagnóstico de Fibromialgia

O diagnóstico da fibromialgia é feito clinicamente (por meio da história dos sintomas e do exame físico) Não existem testes laboratoriais que possam realizar o diagnóstico, mas o médico pode solicitar exames de sangue para que outras doenças, com sintomas e características parecidos, sejam descartadas entre os possíveis diagnósticos.

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